terça-feira, 22 de junho de 2010

Revolta

Sim, escrevo a vermelho porque tenho o sangue a fervilhar. O meu coração palpita-me perto da boca e os meus olhos estão raiados e cheios de ira.
Ontem, de visita ao FB vi um estado de uma amiga que me chamou a atenção. Algo se teria passado para andar de braço ao peito e ter sido operada em virtude de um dedo partido (penso eu). Ainda fiz uma graçola a perguntar-lhe se agora andava aos trambolhões. Como não poderia deixar de ser, liguei-lhe de imediato mas ela não me atendeu. Hoje voltei a insistir e pude falar com ela. Quando eu soube o porquê do seu estado fiquei neurótica para o resto do dia. Ela tinha sido agredida pela companheira do seu ex-marido e por ele também. E o pior é que o filho deles assistiu a tudo. Como se deve ter sentido o meu rico menino ao ver a mãe naquele estado?
Ninguém podia prever que esta história acabasse assim: eu assisti ao casamento deles, à gravidez, via a felicidade estampada no rosto mas, enganei-me quanto a ele. Achava realmente que era um daqueles amores sólidos, que ele se preocupava e que era um bom marido. Como estava errada!!!
Só me apetece ir para junto dela e mimá-la muito. Não é por ser minha amiga mas ela é um doce de pessoa. E merece muito ser feliz.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Metamorfose

Não sei o que se está a passar, mas reconheço que não sou a mesma.
Não sei onde é que esta mudança me vai levar, nem se é positiva ou negativa.
Quem sabe se não será apenas fastio...se é o somatório de 1 ano de vida longe de tudo o que conheciamos e de todos.
Sinto falta de ter as amigas por perto, de telefonar, combinar e sair para as encontrar. Também já fiz amizades por aqui mas é difícil sair por causa das meninas. Suponho que tudo tem um preço: é muito bom viver aqui, temos outra qualidade de vida, um ritmo bem mais calmo, menos perigos, bom tempo mas...nada vem sem sacrifícios. 
Por vezes só me apetece bater a porta e sair. Andar para acalmar. Até me recrimino porque penso que seria tão bom ter umas férias das minhas meninas. É que elas conseguem ser umas pestes e levar-me ao desespero e aos píncaros do cansaço. Mas depois isso passa.
Só não passa esta minha má disposição.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mimos

Ai...o amor tem destas coisas! É estarmos sempre a pensar em como fazermos mais felizes quem nos rodeia e fazermos comidinhas que tanto apreciam.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Material Retirado do Estudo da Cabala

Ora vejam só o que me mandaram; convém dizer que nasci a 26 (Março):

DIAs 26 ............................. DIA DA JUSTIÇA

A justiça na sua mais pura  expressão, a perseverança e a moderação são as principais  características do nativo deste dia. Tem, também, grande capacidade  de discernimento, competência e organização, jamais desistindo dos  seus objectivos e ideais, mesmo em algumas ocasiões parecendo  indeciso, não sabendo muito bem o que quer. Tem personalidade  marcante e certo ar de superioridade, que com certeza lhe garantem  certas inimizades e algumas perturbações. Quando é contrariado,  torna-se agressivo e mal humorado.
O nativo deste dia é  normalmente um ser solitário, de certa forma incompreendido,  parecendo frio e calculista; na realidade, é uma extraordinária alma  humana, sempre pronto a ajudar os fracos, os amigos e aqueles que  necessitam de ajuda humanitária. Nasceu para mandar.
É muito  organizado, justo, de aspecto intelectual, com grande cultura e  senso de responsabilidade. É também elegante no vestir e despreza o  modernismo, preferindo o convencional. Frustrações e decepções podem  lhe causar problemas biliares, dores de cabeça, reumatismo e  problemas de circulação sanguínea.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A minha casinha

Não, não vou transpor para aqui a letra desta música dos Xutos (grande grupo!)...
Eu sou um paradigma: vejamos, sou proprietária de um imóvel mas, porque foi uma doacção o meu pai deseja que a decoração se mantenha. Gostava de, aos poucos, poder transformá-la, pô-la mais ao meu gosto, principalmente os quartos das meninas.
Basta pensar no quarto da Leonor, que eu e a minha mãe fomos mobilando. Era mesmo de menina, lindo! Predominava o branco, bege e rosa. Iamos a algumas lojas, até encontrarmos "aquela". A cómoda e o baú, fomos comprar à Pré-Natal, o sofá e o tapete à Jacadi, o candeeiro de tecto foi na bebé Confort, o candeeiro de pé na Perry e Sampaio, a cama de dossel na já extinta Balões e Dragões e, por fim, a mesa de cabeceira, o candeeiro de mesa e as prateleiras lacadas na Bed, Bath and Baby.
Aconselho vivamente, a quem a distância permitir, ir espreitar esta loja. É um sonho, perco-me sempre que lá vou, melhor, ia. Não sei dizer o nome da rua mas passo a explicar: quem desce a Avenida da Boavista, passa o Pingo Doce (do lado esquerdo) e depois chega-se para o meio da via pois vai virar na próxima rua, à esquerda. Mais ao menos, a meio dessa rua tem umas galerias, onde fica situada a confeitaria Maiorca e a loja é aí.
Vale bem a pena visitar, principalmente para quem tem filhos pequenos.

sábado, 12 de junho de 2010

Nas costas dos outros vemos as nossas

Que ingénua sou ao pensar que as pessoas gostam de nós e ponto final.
Afinal, não será bem assim que as relações se processam. Não numa família que não é a nossa...
Recentemente soube de algumas atitudes e pensamentos que me deixaram triste, muito triste. Outras vezes, bastou estar atenta: as pessoas acham que não estamos a ouvir ou que serão imperceptiveis.
Eu também já errei, não sou perfeita. Mas à medida que vou crescendo, pretendo ficar mais "iluminada" e, formar opiniões alicerçadas no convívio. É feio ouvir os outros queixarem-se de pessoas que não estão presentes, criticá-las e depois, quando se encontram é só beijinhos e abraços.
Na altura, os pensamentos que motivaram as atitudes deveram-se a contos e ditos. Fui catalogada como a má da fita, quando na verdade fui uma das vítimas.
Mas, suponho que, o que não nos mata, dá-nos forças. E depois da tempestade vem a bonança. Hoje convivem comigo e vêm que afinal eu não sou uma peste.
Basta termos um olho clínico e um coração aberto para podermos ver para além das aparências.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sonhos desfeitos

Bastou uma nota em rodapé para acordar o gigante adormecido: 142 novos inspectores que integram os quadros da PJ.
Podia ter sido eu...Era algo que eu queria com tanta força; empenhei-me tanto para o concurso!! Para além do estudo, fazia treino intensivo: de manhã, ia para o ginásio e, à tarde fazia treino com um militar do Quartel da Circunvalação. Ficava extremamente cansada mas tinha a certeza de que ia vencer.
Na véspera do exame, rumei a Lisboa, sozinha. Instalei-me no hotel e antes de dormir ainda pratiquei o que pude dentro daquele quarto. No dia seguinte acordei com uma dor na barriga, nervos, claro está. De chegada a Loures ainda tivemos que esperar pelo começo da longa prova. Isso só aumentou o meu estado de nervos mas, a partir do momento em que começou dei o meu melhor. E, à medida que as provas iam sendo superadas, sentia-me cada vez mais próxima do meu objectivo. No entanto, não consegui passar a todas e falhei. Falhei fatalmente.
Senti-me e ainda me sinto perdida. Queria muito ser inspectora da PJ e sei que jamais o serei. É algo permanente e irreversível. 
Às vezes, é assim que me sinto perante a vida: uma perdedora. E fica o desalento que me transforma num ser apático. Parece que sempre que tento traçar objectivos, nunca os consigo atingir. É como ter o toque de Midas, ao contrário. Estrago tudo o que me proponho fazer, por diversas e variadas razões. E isso gera o efeito bola de neve e cada vez é mais difícil quebrar com esse hábito.
Como eu queria que acontecesse algo de positivo nestes próximos tempos...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nervos à flor da pele

Estou com o coração na boca. Normalmente lido bem com este tipo de circunstâncias mas, quando o cenário começa a ser recorrente...a minha paciência tende a esgotar-se.
Como é que me perguntam - apesar de agradecer a sinceridade e a forma directa - se amo a pessoa com quem estou?
Confesso que fiquei um pouco perplexa com a questão e, mais ainda, com a explicação que motivou a pergunta: a pessoa acha, tem um "feeling", está convencida de que não o amo. Gostar sim, crê que eu gosto, mas não amar. Porque quem ama perdoa tudo e esquece o que já aconteceu de mal.
Expliquei-lhe que era o meu temperamento e que isso não significaria não amar. O que tem de transcendente eu revoltar-me ou ficar irritada se a pessoa é desarrumada ou, se quando discute eleva o tom de voz? Estou no meu direito de não gostar de certos aspectos e debatê-los com o recalcitrante. Assim como o inverso também acontece: posso ter atitudes menos abonatórias que o fazem perder a cabeça.
E isso quer dizer que não o amo?!

sábado, 5 de junho de 2010

A verdade da mentira

Andava eu a actualizar-me nos blogues que sigo quando num deles vejo uma troca de comentários bastante desagradável. 
Vou lendo, comentário a comentário e fico cada vez mais revoltada. Como é que 2 pessoas podem ser são tacanhas? Quando alguém tem o altruísmo de construir algo em prol da solidariedade penso que as pessoas que quiserem colaborar não devem perder nunca isso de vista. O projecto é para outras pessoas, e não para elas próprias. Reclamaram, insultaram, vilipendiaram...Mas o que interessa o aspecto do blogue, qual a cor predominante, quem fica à frente de quê???!!! Sugeriam que devia ser tudo por votação...então as reuniões que foram feitas aquando dos almoços, teriam que ter quorum e acta igualmente, senão padeciam de invalidade. Ora, poupem-me!!! Não sejam preciosistas com coisas que não interessam.A verdade é que a maneira como se apresentaram a este projecto era uma falácia.
Não conheço pessoalmente as pessoas em questão mas conheço aquelas contra as quais os seus insultos se dirigiam. Argumentaram de tudo e mais alguma coisa, mas eram argumentos tão frágeis...para além de que denunciavam os seus objectivos: o almejado reconhecimento, acima de tudo. Será que nunca ouviram dizer que neste campo da solidariedade, os benfeitores até gostam do anonimato?! O que fazemos, é feito com sentimentos muito nobres, que vêm do coração. Por exemplo, não é necessário que o nosso nome figure num poema por nós realizado, afinal quando o fizemos foi para homenagear alguém e não para sermos homenageados.
E depois ainda acusaram pessoas de fibra de se venderem por receberem uma contrapartida!! O que não entenderam, é que não houve sinalagma, foi somente um presente por altura de uma data importante. E se aquelas mentes achariam que alguém muda de opinião por força de um presente, então estão a classificar os outros pela sua bitola. Talvez seja assim o seu "modus operandi" então acharão que os outros são iguais. 
Uma última palavrinha no que toca a amizades: eu tenho amigos e amigas que já são sexagenários, outros cinquentões e outros ainda que entraram recentemente na casa dos vintes. E agora, qual é o problema? Que eu saiba o que nos une aos outros não é a idade, o que vemos por fora  mas o conteúdo que essa pessoa apresenta, ou seja, o seu interior. Daí o sábio ditado: "Quem vê caras, não vê corações".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dia da criança

As minhas sinceras desculpas por ontem ter deixado em branco este dia tão importante. Deu-me a preguiça e não tive vontade de escrever.
O dia da criança deveria ser todos os dias e não apenas um. Tantas há que caem em esquecimento e são mal tratadas! E não sou eu a falar mas sim os dados: em apenas 6 meses do ano transacto registaram-se, em Portugal, 2815 casos de abusos e maus tratos a crianças e jovens. Este é somente o número oficial apesar de ter a certeza de que a realidade fica além dele, infelizmente. O nosso sistema baseia-se em premissas erróneas: desde os tribunais de menores, aos clínicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e as ditas comissões...Alguns dizem nada poder fazer sem o consentimento dos pais, pais esses que são os prevaricadores!!!! Outros, não têm a audácia de romper com o sistema obsoleto, e decidem em favor de guardadores que deveriam ser imediatamente afastados da criança. Se tudo funcionasse harmoniosamente e em conjunto, muito drama seria evitável. Porque, do que se trata é ver cada caso, como um caso único, com as suas particularidades. Podemos até ter a mesma situação mas há sempre variáveis. Não é aplicar um padrão que nos foi ensinado a toda e qualquer situação. E, isso requer muito trabalho e dedicação à causa.
Vejo tantas injustiças que me deixam com o coração apertadinho. As crianças não foram feitas para sofrer mas sim para serem muito amadas. Quem abusa e maltrata uma criança é a pior das criaturas e, permitam-me acrescentar a esta categoria os idosos e, também, os animais por se tratarem de seres indefesos. São pessoas cobardes e sem qualquer tipo de sentimentos.
Vamos proporcionar o melhor do mundo a estas "pessoas em ponto pequeno" porque elas merecem. As crianças de hoje, serão os adultos de amanhã e estaremos a contribuir para uma sociedade melhor.
Na minha casa, mimo muito as minhas crianças e transmito-lhes valores que considero importantes: justiça, verdade, honestidade, partilha. Fora do meu lar, vou fazendo o que posso por outras crianças. Tivesse eu mais poder para as  proteger...
Um grande xi-coração a toda a pequenada