domingo, 17 de março de 2013

Razão vs. Intuição

A intuição é um processo involuntário, que não controlamos e, geralmente acontece com a maioria das pessoas quando se encontram perante uma situação que exige uma tomada de decisão para a sua resolução.
Tantas vezes fui levada a fazer algo quando todas as células do meu corpo me diziam o contrário...
O raciocínio que é usado para resolver essa situação é completamente inconsciente; Já a razão é o processo oposto, em que a mente humana encontra conclusões baseadas na lógica natural, levando em consideração suposições ou premissas que auxiliam na tomada de decisão. A razão é uma habilidade restrita dos humanos, sendo por isso, um dos seus elementos diferenciadores relativamente a outras espécies. No entanto, o labirinto do conhecimento pode levar o homem a  perder-se, acreditando ser portador de uma verdade maior e absoluta.
Ultimamente tenho tido estranhos pesadelos, os quais não consigo decifrar mas sei que é a minha intuição a alertar-me para algo. A razão diz-me para ignorar mas a intuição está lá e é muito forte.
E agora, o que fazer?

sábado, 9 de março de 2013

O elo mais fraco

O sexo feminino é constantemente discriminado durante os conflitos e, tal está documentado - o que é menos conhecido é que quando as hostilidades param, a guerra não declarada às mulheres continua durante anos sem fim.
Apesar de, oficialmente, os conflitos terminarem, a proliferação de armas, a cultura de violência e a objetivação das mulheres continuam.
Quase duas décadas depois do conflito nos Balcãs, centenas de mulheres continuam a sofrer as consequências das violações e outras formas de tortura, frequentemente cometidas ou facilitadas pelo uso de armas, sem terem tido o acesso adequado a assistência médica, psicológica e financeira para recuperar as suas vidas despedaçadas.
Está prestes a começar, em Nova Iorque, as negociações finais para o Tratado de Comércio de Armas.
O Mundo precisa desesperadamente de um acordo final que assegure que, nenhum país ou negociante de armas irá vender armas, munições ou equipamento relacionado a governos, empresas, ou grupos armados quando existe um risco significativo de essas armas e munições serem usadas para cometer atrocidades ou abusos violentos. Mas, como assegurar isso?
Entre os desafios para conseguir um Tratado de Comércio de Armas eficaz encontra-se o  facto de os EUA, a Rússia, a China, o Reino-Unido e a França serem os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Por isso, estão encarregados de manter a paz e segurança internacional. Todavia, estes cinco governos somam cerca de 70% da riqueza, proveniente do comércio de armas convencionais. Estes e outros Estados têm negociado durante décadas na existência de controlo global à circulação de armas e munições entre fronteiras.
As armas e munições são fornecidas a governos, empresas e grupos armados que frequentemente as colocam nas mãos de pessoas que aterrorizam comunidades usando os civis, mulheres, homens e crianças, como alvo. Atacar civis em conflitos armados é um acto deliberado considerado crime ao abrigo do direito internacional.
Alguns governos irão argumentar que atacar as mulheres durante a guerra - incluindo através de violência sexual - é lamentável mas inevitável devido à natureza de um conflito armado. É exatamente esta atitude que faz os governos ignorarem a violência cometida contra as mulheres em tempos de paz.
Juntando o insulto à agressão, apesar da resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre Mulheres, Paz e Segurança, é frequentemente recusado às mulheres qualquer papel nas negociações de paz, na monitorização do processo de desarmamento dos combatentes e na decisão de como reconstruir a sociedade de forma a promover a resolução pacífica dos conflitos.
Há bastante tempo que é reconhecido que estes crimes podem ser reduzidos se forem retiradas as ferramentas usadas pelos perpetuadores para cometer ou facilitar a violência. Um Tratado de Comércio de Armas internacional forte e eficaz será um passo bastante importante para o conseguir.
As mulheres em todo o Mundo precisam de saber que os governos não irão pôr o lucro à frente da segurança humana ao permitirem que as armas cheguem às mãos daqueles que as usarão para cometer crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio ou outras violações graves de direitos humanos.
Parece ser tão simples. Parece ser tão correto. Mas, será que vão conseguir?

sábado, 2 de março de 2013

Amor e guerra

Começo a questionar-me se alguma vez amei...
Amor é uma palavra que me mata, corta, como uma faca. E, fico esquisita quando a digo, pois soa-me a falso. Não é que eu não sinta, mas dizê-lo, são outros 500!
Amor verdadeiro, sei que o sinto pelas minhas filhas e pelos meus pais. Tudo o resto, não sei...
Tenho uma visão muito própria do que deveria ser um relacionamento e não vejo nenhum sem defeitos.
Perfeccionista que sou, custa-me ver as falhas, quer as minhas, quer as dos outros. 
Tento sempre superar-me e ser cada vez melhor. Ou seja, estou sempre em "guerra" comigo ou com os outros. Não é à toa que o meu planeta regente é Marte, Deus dos guerreiros. Mas, francamente, começo a ficar farta de cruzadas.
Talvez tenha de aceitar os outros como eles são e não tentar aperfeiçoá-los. Sem qualquer tipo de expectativas. Mas é-me difícil. Muito.