quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wish list

Ora aqui vai, com uma ordem aleatória:
  1. Políticos e governantes inteligentes, sérios e com princípios
  2. Fim das doenças mortais
  3. Abandono do armamento nuclear
  4. Postos de trabalho em n.º proporcional ao da população activa
  5. Protecção da infância das crianças
  6. Educação (superior) ao alcance de todos
  7. Estabilização das alterações climáticas
  8. Abolição da pena de morte
  9. Mais amor e menos sofrimento
  10. E...prémio do euromilhões (não me importo de o repartir)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Odeio o Natal

Não posso estar aqui a escolher as palavras ou a usar eufemismos, porque a verdade é que a quadra natalícia me deixa deprimida. Por muitas razões... A 1ª de todas é que desde muito cedo (os meus 12 anos) fui o pomo da discórdia no Natal; os meus pais separaram-se e o Natal passou a ser vivido de maneira angustiante. Tinha que me dividir e sabia que a minha mãe não era apologista dessa divisão. Agora, anos volvidos, o problema é o mesmo mas com proporções maiores. Senão vejamos: o Natal é o jantar de 24 e o almoço de 25, eu tenho 1 mãe e 1 pai separados. A juntar a isso tenho 2 filhas e um companheiro que também quer estar com os seus. Feitas bem as contas, não há refeições que cheguem para que possamos estar com todos. E isso entristece-me.
A seguir, o meu ódio de estimação passa pela "miraculosa" transformação das pessoas. Tudo está em harmonia, é Natal, Jesus nasceu, queremos fazer o bem, e todos os outros lugares comuns... E isso é uma treta porque findo o Natal, lá estão todos a atropelarem-se uns aos outros! A não quererem saber de mais nada senão do seu próprio umbigo.
Por fim, analisando friamente a quadra, tudo se resume a uma palavra: consumismo. Desenfreado. O Natal é sinónimo de presentes e ponto. Não me interpretem mal, eu também acho que se devem dar umas lembranças às crianças. Mas o estado da nação não está propício para despesas supérfluas. A cada dia que passa surgem novos dados que me assustam: por exemplo, o número de sem-abrigos é esmagador e ameaça subir. E quando me dá aquele impulso feminino de fazer compras, relembro essas pessoas que, seja dia, seja noite, não têm um tecto, não têm família, não têm comida.
Por isso, agradeço de coração o melhor presente que poderia ter: a minha vida e tudo o que nela se inclui.