sábado, 22 de setembro de 2012

Portugal, a quanto custo?


Estamos a viver uma época de múltiplas crises... Não é somente a crise económica; esta deu origem a várias outras, nomeadamente, crises relativas à orientação religiosa, crises familiares, crises sociais, até mesmo, crises de identidade.
Os anteriores governantes deixaram o país a saque, não desempenharam cabalmente as suas funções, não representaram os interesses do povo português e, o resultado está à vista.
O buraco é cada vez maior e, para se remendar de um lado, rebenta-se do outro. Inevitavelmente medidas terão de ser tomadas mas a lógica que as subjaz é viciada. O exemplo deve ser dado a partir de cima e não começar por baixo.
Se cortassem as gorduras da máquina estatal, certamente não seriam necessários os sacrifícios das classes baixa e média.
Portugal tem de escolher, de forma certeira, as medidas a aplicar. Senão vejamos: a população está envelhecida mas não há incentivos à natalidade; a segurança social tem de pagar muitas pensões e apoios sociais, no entanto, se se apostasse no emprego, mais pessoas trabalhariam e, por conseguinte, contribuiriam para a segurança social. Também os apoios reduziriam dado que, estando as pessoas empregues, não necessitariam de subsídios de desemprego ou rendimentos sociais.
Os jovens são os mais atingidos pelo flagelo do desemprego; altamente qualificados, nada mais resta senão trabalhar numa loja ou caixa de supermercado. E caso não estejam satisfeitos, a porta da "rua" é a serventia da casa...Não conseguindo aqui emprego, emigram. Esta é a máxima de "quem está mal, muda-se". 
Não é solução, devemos ficar e lutar pelos nossos direitos. Por isso, fiquei maravilhada com a manifestação que aconteceu, faz hoje, exactamente, uma semana. O povo saiu à rua e mostrou o seu descontentamento.
Dessa manifestação deveria resultar um exame minucioso à consciência dos que governam o nosso país.
Aguardo ansiosamente por isso ou...será que já não têm consciência?

Um comentário:

  1. Aqui, não se trata de ter consciência,muito antes pelo contrário.E depois, parece que há um certo receio em «mexer» em algumas pessoas.Ou melhor,nos seus rendimentos.A essência está no conteúdo da vida,não nas denominações da vida de cada um.Mas,há certas camadas da nossa sociedade que não querem perder o seu «status».Esquecem-se de que estão aqui de passagem.São simplesmente pó e em pó se tornarão um dia.A ambição cega-os,mesmo sabendo que,enquanto comem lagosta,outros morrem à fome.Como dizia Augusto Gil «Gente não é certamente».Mas, felizmente que já se vão ouvindo umas vozes dizendo que a classe política também é portuguesa e, por isso também deve contribuir.Querem uma ideia, que lhes renderá uns milhões?Levem a leilão os carros dos últimos presidentes da república.Os motoristas,que devem ser polícias, regressam às suas esquadras,onde estão a fazer muita falta, os gabinetes fecham-se(não sei a quem pertencem)e as secretárias vão para os seus antigos postos de trabalho.Diminuam o número de deputados e tal como diz o dr.Mário Crespo«Retirem 10% ao que recebe ceda político,» digo agora eu, seja ele quem for.Assim,não será preciso mexer em quem já tem tão pouco.Onde é que já se viu haver jovens altamente qualificados sem trabalho e uma meia dúzia deles,afetos à classe política,licenciarem-se e serem imediatamente colocados?Responda-me quem souber qual é o critério!!!...

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